‘Os Desfamiliados’
“Born To Be Wild” - por Maria Lúcia Candeias
O pessoal que hoje está próximo ou na terceira idade, casou-se, separou-se, juntou com outros e enfim, criou uma variação constante em suas relações afetivas e uma instabilidade familiar antes incomum. Creio que devido a essas circunstâncias os personagens que têm idade para ser seus filhos e que estão nas das peças “Born to be Wild” de Jarbas Capusso Filho e “Um Lugar que Nunca Tive” de João Fábio Cabral se apresentam sem um aconchego do lar junto aos pais, ou seja, sem família, sem raizes.
“Born to be Wild” está em cartaz nas terças-feiras no teatro dos Satyros I às 21h, até 26 de maio. Apresenta três rapazes excelentemente interpretados por Celso Melez, Dídio Perini e Ralph Maizza. Um deles com problemas de drogas e os outros desorientados, sem saber o que querem nem a quem recorrer, sem modelos a imitar ou a contestar. Uma situação dolorosa com a qual o espectador fica empatizado, visto que, todo mundo já se sentiu vez por outra totalmente desamparado, mas não como um estado constante, como parece ser o caso desses moços. A peça íntima - bem escrita como as outras deste autor - que dirige e assina o visual funciona perfeitamente bem, mostrando que ele também tem futuro como encenador. A grande cartada me pareceu uma mochila jogada no chão como se ocasionalmente e que opera como mudança de cenário.
“Born To Be Wild” - por Maria Lúcia Candeias
O pessoal que hoje está próximo ou na terceira idade, casou-se, separou-se, juntou com outros e enfim, criou uma variação constante em suas relações afetivas e uma instabilidade familiar antes incomum. Creio que devido a essas circunstâncias os personagens que têm idade para ser seus filhos e que estão nas das peças “Born to be Wild” de Jarbas Capusso Filho e “Um Lugar que Nunca Tive” de João Fábio Cabral se apresentam sem um aconchego do lar junto aos pais, ou seja, sem família, sem raizes.
“Born to be Wild” está em cartaz nas terças-feiras no teatro dos Satyros I às 21h, até 26 de maio. Apresenta três rapazes excelentemente interpretados por Celso Melez, Dídio Perini e Ralph Maizza. Um deles com problemas de drogas e os outros desorientados, sem saber o que querem nem a quem recorrer, sem modelos a imitar ou a contestar. Uma situação dolorosa com a qual o espectador fica empatizado, visto que, todo mundo já se sentiu vez por outra totalmente desamparado, mas não como um estado constante, como parece ser o caso desses moços. A peça íntima - bem escrita como as outras deste autor - que dirige e assina o visual funciona perfeitamente bem, mostrando que ele também tem futuro como encenador. A grande cartada me pareceu uma mochila jogada no chão como se ocasionalmente e que opera como mudança de cenário.
*Maria Lúcia Candeias - Colunas & Notas - 22/04/2009
*Doutora em teatro pela USP e Livre docente pela UNICAMP
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